Criando narrativas universais com emoções viscerais
Prepare os lencinhos: Clair de Luna está no ar!
Oi! Como você está?
Hoje é o grande dia! No momento em que essa newsletter chegou ao seu e-mail, publiquei a campanha de Clair de Luna no Catarse!
Visite catarse.me/clairdeluna e seja uma das primeiras pessoas a apoiar o projeto!
Preparei um pacote especial para os primeiros dias de campanha: quem chegar primeiro leva um adesivo holográfico exclusivo da Luna saltando e ainda ganha R$8 de desconto na HQ.
Mas tem que chegar primeiro mesmo: vou manter esse pacote no ar só nas primeiras 48 de campanha — ou seja, até às 8h do dia 09/10.
Financiamento coletivo = dois meses de emoção
Sabe, sempre fico muito feliz em começar um novo projeto no Catarse. Fico com a sensação boa de “nossa, que alegria de ter conseguido chegar até aqui”. Ao mesmo tempo, pra mim é sempre um desafio lidar com a ansiedade ao longo dos 60 dias de campanha — e esse é um dos motivos que me deixou afastada do financiamento coletivo por um tempo.
É óbvio que quem começa um financiamento coletivo espera realizar algo. Quanto maiores as apostas, maiores as expectativas. Por isso, em Clair de Luna, me preparei para que tornar o trabalho mais leve. Explico.
Se tem uma coisa que trabalhar na cena de quadrinhos me ensinou foi a produzir projetos de livros impressos. Isso significa que, além de escrever os roteiros das minhas HQs, aprendi os caminhos para transformar o roteiro em um livro impresso.
Em busca de meios para produzir quadrinhos
Desde quando a Luna virou estrelinha, eu prometi a mim mesma que um dia contaria a nossa história em uma HQ — mas eu só comecei a elaborar a narrativa em 2022, quando escrevi um projeto para o edital de Quadrinhos da Gibiteca de Curitiba.
(Durante a pandemia, entre várias habilidades, desenvolvi a de escrever projetos para editais culturais — e tem dado super certo!)
O projeto para a HQ Clair de Luna foi aprovado no final de 2022, mas eu demorei uma vida pra conseguir escrever o roteiro. Por mais que já tenha passado um tempo desde que a Luna partiu, tiver que remexer em vários sentimentos para poder emulá-los na história. Derrubei muitas lágrimas escrevendo, especialmente o final — e, pelo que me contaram, a Amanda e a Clara estão trabalhando com uma caixa de lencinhos do lado.
A produção da HQ começou assim que finalizei a escrita do roteiro — isso porque, com o projeto aprovado no edital de Quadrinhos, recebi recursos para pagar as artistas que estão colaborando comigo. Como contrapartida, vou distribuir 450 exemplares da HQ de graça para bibliotecas e escolas da rede pública municipal de Curitiba e 50 exemplares em um lançamento em janeiro, no Dia do Quadrinho Nacional, na Gibiteca de Curitiba.
(Se você for de Curitiba e quiser esperar o lançamento para tentar pegar um exemplar de Clair de Luna, não vou te julgar.)
Clair de Luna é uma narrativa universal
Mas acho que já deu pra perceber que esse quadrinho é muito importante pra mim, né? Os editais culturais são maravilhosos para tirar iniciar a produção, mas eles deixam as publicações restritas a cidade onde foram produzidas — e o que mais quero é que Clair de Luna exista para além do edital.
Cada detalhe dessa HQ foi pensado para tocar fundo os leitores. Enquanto escrevia o roteiro, decidi que não queria escrever uma HQ contando exatamente a minha história com a Luna: queria uma narrativa universal, que falasse da relação poderosa entre humanos e animais e como essa relação é efêmera. Ou seja, usei a minha experiência como base para falar sobre algo maior, mais abrangente e que mexesse com os corações de todos os cachorreiros de plantão.
Pelos feedbacks que recebi até o momento, acredito que consegui — mas essa é uma confirmação que só quem ler a HQ poderá me dar.
Pra mim, elaborar esse quadrinho tem sido muito simbólico e especial — afinal, estou falando sobre Luna. Tenho trabalhado em cada pedaço desse projeto com o coração aberto e leveza, para que os dois meses de financiamento coletivo sejam dois meses de festa, e não de ansiedade.
Acredito (e não me importo de soar ingênua) que enquanto eu for guiada pelo amor que a Luna me ensinou, Clair de Luna chegará a todos que precisar chegar.
Um abraço,
Mylle.